resenha

Irmão mais velho (xiiii) - Como conquistá-lo?

Em um ensaio fotográfico onde o maior foco é o recém-nascido, as vezes, os irmãos mais velhos ficam enciumados, envergonhados e/ou fogem das fotos.

Catarina, além das possíveis adversidades que poderia estar enfrentando, ainda estava febril e não muito animada para as fotos da irmãzinha.

Para resolver problemas como esse, o que o fotógrafo pode fazer para trazer a criança para o seu lado e conquistar ótimas poses?

Muito Prazer, meu nome é Jorge Absy, sou fotógrafo de família desde 2016. Sou graduado em Design desde 2008 e licenciado em Arte Visuais.

Trabalho com crianças e adolescentes desde antes da época da faculdade, no ambiente educacional tecnológico e ainda atuo na área da educação, paralelo a fotografia.

Como ambas profissões possuem como público crianças e adolescentes, os ramos são intrínsecos e permeiam as mesmas técnicas.

Toda esta experiência de mais de 20 anos na área educacional me fez aprender mais do que ensinar. Meu relacionamento com as crianças tornou-se o ponto focal e entendê-las a minha maior missão.

Hoje, quando me encontro em uma situação onde o irmão mais velho não está a fim de fotografar, concentro-me em conquistar a criança, pois não adiantará forçar uma situação ou mandar os pais intervirem. Você, responsável pelo ensaio, precisa torná-lo divertido, conquistar a confiança e a admiração e despertar a curiosidade da criança, oferecer uma experiencia significativa e com atrativos, para que queiram estar naquele momento e assim, gerar poses lindas e espontâneas.

No ensaio que uso de exemplo, para animar a Catarina, ao perceber que estava ali por mera convenção familiar, comecei a conversar com ela, mostrar as fotos no visor da câmera e perguntar sua opinião. Aos poucos, ela tornava-se a minha assistente para as fotos, sempre com o acompanhamento da minha esposa que ajudava a posicionar o bebê simultaneamente.

Tudo isso fez com que ela se aproximasse de mim, pois ela tornava-se importante dentro da esfera do ensaio e talvez eu também poderia ser o “amigo” dela, não apenas o fotógrafo da sua irmã.

Com o passar do tempo de ensaio, comecei a perguntar coisas que ela gostava de fazer, de brincar, de pintar e até de estudar, tudo com o intuito de estreitar a relação que começava a se desenhar. No momento que ela me contou uma história do dia-a-dia e me convidou também para conhecer os brinquedos que estavam no quarto, percebi que havia ganhado a sua confiança.

Rapidamente minha esposa mais do que atenta, discretamente preparou a iluminação no quarto da Catarina, enquanto eu estava no chão, brincando de bichinho de pelúcia e cabana de índio.

A partir deste momento, tudo o que sugeríamos, ela executava com o maior prazer e alegria e finalmente as poses sorridentes e espontâneas começaram a surgir.

Como dica final, antes de fotografar uma criança mais velha, aproxime-se, traga-a para o seu lado e transforme-a em sua melhor amiga, garanto que você terá os melhores sorrisos que ela poderá te oferecer e o resultado será incrível.